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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Noites geladas



Uma noite de inverno, sopra o vento na janela, uma brisa gelada envolta, bate forte não espera. Quem mora no sul, a neve vem visitar, mas tem o fogão a lenha, o calor esquentar.

Pinhão na chapa não pode faltar, uma cuia de chimarrão com a térmica esquentar, compartilhando bom mate, trovando sem parar.

Fogão a lenha aquecer, toda a casa e o ambiente, falta lenha busca lá fora, aquecendo toda gente. Saudades desse frio, mas não do tempo gelado, saudades só das pessoas, dos amigos conquistados.

Saudades das noites geladas, do vento minuano, saudades do planalto e da Serra, das gauchas me encanto. Cidade do interior, colonos e gaudérios, falando em dialetos, gesticulando "che bello".

Frio de bater o queixo, neve não cheguei a ver, mas quase congelei um dia, cinco cobertas reservei. Garrafas PET com agua aquecida, colocada entre os cobertores, e não é que funcionava? aquecia até minhas dores.

Bons tempos na Serra Gaucha, lugar que gostaria de voltar, passar um pouco de frio, mas os amigos visitar. "RBS" na tv, "Zero Hora" descansa na estante, saudades daquele sotaque, que envolve adiante.

Bah tchê, que frio de de renguear cusco, "porco dio", "dio santo", coisas que a serra fala, sotaque dos colonos. Dialeto demorei a entender, trovava mas não entendia, só aprendi duas palavras, "chuca" e "baúco", que vida!

Ainda tem o futebol, mas lá é bem dividido, esbarra em um gremista, tropeça em um colorado. Lá se torce pra valer, desde quando se nasce, compra um manto azul do Grêmio ou uma coberta do colorado.

Sou paulista "o meu" com certeza, amo muito meu estado, mas admiro a cultura gaucha, que eu vivi no passado. É um belo estado, com agricultura muito forte, muitas mulheres bonitas, olhos claros ponto forte.

Tem ainda os CTG's, as prendas que tanto gosto, de vê-las desfilando, danças típicas do estado. Lindas gurias, desfilando sua graciosidade, o estado pra ter belas mulheres, lindas de qualquer lado.

Saudades de passar frio, quem sabe a neve enxergar, da janela de dentro de casa, do lado do fogão ficar. Ver os flocos caindo, deixando o chão branco ficar, refletindo a luminosidade, das estrelas deixe estar.

Uma noite de inverno, com uma cuia na mão, compartilhando o mate, trovando as gurias então. Aqueço com chimarrão, os pinhões estalam na chapa, do fogão a lenha aceso, que aquece toda casa.

Saudades de passar frio, mas aquecer o coração, saudades da Serra Gaucha, lindas gurias então. Ainda me mudo pro sul, quem sabe no próximo inverno, para viver essas sensações, que me recordo de perto.

Frio e gelo, calor que aquece, coração que não esquenta, sentimento padece. Aquece um pouco, do calor esquentar, do inverno que se finda, do frio a ficar. Até aquecer o tempo, até a primavera chegar, para aquecer o coração e o amor despertar.

By Estevam Pontes

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