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segunda-feira, 25 de julho de 2016

Desejos Proibidos



"Quando se conhece por impulso, o desejo vem a reboque
não precisa possuir nem ter, para desejar um beijo, um toque!

Ser o outro de alguém? não importa! se quando se tem?
o desejo se multiplica, se soma, se contorce,  provoca!

Conversas pelo aplicativo, daquelas improprias para menores,
desejos aventados pelos dedos, que quando se encontra, transforma provoca!

Pode não tê-la todos os dias, pode não vê-la toda hora
Não te pertence, não te possui, mãos suadas? tentação provoca!

Mas quando se tem, o céu não é o limite, o quarto um cubo gelado
A cama um casulo aquecido, os corpos? Entrelaçado prostrado!

Não importa ser o segundo, se a noite se torna protagonista,
De uma relação de carinho e amor, que afaga o ego e excita!"

By Estevam Pontes

sábado, 23 de janeiro de 2016

Até breve meu amigo!


Gostaria ter o dom descrever em palavras o que estou sentindo nesse momento, mas sentimentos não contem silabas, não há concordância verbal, acentuação, não contém verbo, alias até possui, o verbo sentir, consumir, adentrar a fundo em algo no seu íntimo.

Essa semana não foi fácil pra mim, foi um dos momentos mais tristes da minha vida, pois quando se tira algo de você, algo que tem uma estima, um amor, um carinho, sem aviso prévio, fica um vazio, um buraco, difícil de preencher.

A morte é algo complicado de se administrar, algumas culturas até mantem uma visão diferente celebrando a partida como um recomeço em outro plano, mas o fato de você se separar de alguém de uma forma definitiva , é algo difícil de aceitar.

Algumas pessoas podem até achar estranho você se apegar tanto a um animal, mas tem coisas que a vã filosofia não explica, o amor é um sentimento único que une pessoas, animais, coisas imateriais como amar o esporte, a sua profissão, o seu carro, porém  na hora de explicar, cada um tem a sua definição pessoal.

Eu perdi um amigo, um companheiro, um irmão, não era humano, porém tinha a sensibilidade que muitos seres pensantes nunca saberão compartilhar. Era um cachorro, um anjo de quatro patas e um rabinho que insistia em balançar mesmo quando no calor de alguma discussão ele permanecia em ventilar.

Passaram-se 12 anos desde quando o vi pela primeira vez, um filhote com algumas poucas semanas de vida, desamparado, faminto, doente, sem um pelo no corpo, se desviando da chuva fina e buscando abrigo no meio de carros que paravam em um cruzamento.

Quando o vi zanzando entre os carros e desviando dos pneus, percebi que meu coração se ligou ao dele naquele exato momento, foi algo impulsivo e espontâneo, deixei os cadernos de lado e no ponto de ônibus em frente, fui ao seu encontro, peguei-o no colo e a primeira reação dele foi lamber a minha mão, num gesto de carinho e agrado.

Levei-o pra casa, inventei uma história para minha mãe, visto que já tínhamos dois cachorros, mesmo ela sabendo que era mentira, me deixou ficar com aquele filhote de olhos pretos como jabuticabas, de patas tortas e dentinhos afiados.

Em fim, assim começou minha história com o Simba, nome que escolhi por conta de um filme chamado “Simbad o Marujo” um personagem de livros que vivia em Bagdá e saia pelos mares a navegar.

Foram mais de 12 anos de convivência que terminaram essa semana, a despedida foi difícil, a infecção que adquiriu foi mais forte que sua vontade de viver, ele ainda lutou, eu lutei ao seu lado, abri mão de tudo para cuidar desse ser iluminado que me fez feliz por tantos anos.

Deus pode tê-lo levado, mas sua história ficou marcada aqui na terra, e pra mim será relembrada eternamente. Será difícil suportar a saudade, a falta, pois ainda no meu subconsciente tenho a sensação que você ainda está por perto.

Quando fecho os olhos, eu escuto seu latido, eu sinto sua respiração, seu ronco quando dormia de cabeça pra baixo, eu ouço as patinhas dele percorrendo o quintal, o barulho dele bebendo água, rolando nos tapetes. Eu abro a janela procurando seu focinho que era a primeira coisa que eu via de manhã, eu percorro com minhas mãos o vazio tentando encontrar suas orelhas que gostava de brincar quando ele se deitava ao meu lado.

A ausência machuca demais, a saudade maltrata, mas o amor não tem período de validade, posso ter outro cachorro, um dia a tristeza será substituída pela saudade, as recordações irão ficando mais distantes, porém o amor? Esse permanecerá.

Obrigado por tudo Simba, obrigado pelo o amor incondicional, me perdoe se lhe faltou algo, mas eu fiz o meu melhor, você sempre será um filho que nunca tive que partiu para outro plano num breve até logo.

Até qualquer dia filho, sei que vamos nos encontrar, enquanto isso o céu ganha mais uma estrelinha, um pontinho luminoso a clarear as noites escuras da saudade.

Descanse em paz meu amigo, te amarei para sempre e que seus pelos brancos que ainda insistem em permanecer nas minhas roupas, sejam uma forma de você nunca sair do meu lado!!!

Te amo Simba e obrigado por tudo!!!


By Estevam Pontes