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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Acordar


Acordo com pé esquerdo, tropeço no meu colchão, caio e torço o pé, que baita confusão. Mesmo assim saio pulando, equilibrando num pé só, esbarro no meu chinelo, bá tchê, agora me deu dó.

Ainda com os olhos fechados, procuro a porta com as mãos, que sono que me impede, de abrir os olhos então. Vou esbarrando nos móveis, vou seguindo o clarão, mas a fresta na minha janela, me guia na contramão.

Sono que não me abandona, preguiça me assediando, queria voltar pra cama, às horas passam voando. Queria parar o tempo, ou ganhar tempo de outrora, mas o horário de verão, me roubou mais uma hora.

Preciso me levantar, o trabalho assim me chama, trabalho que rouba tempo, distancia da minha cama. Vou para o banho despertar, mas a água está no fim, vivemos uma crise hídrica, falta agua pra mim.

Depois de banho tomado, resta me trocar por fim, preciso de uma roupa que combine, confortável assim. Coloco terno e gravata, a profissão diz assim, advogado quanta formalidade, sofre no calor por fim.

Saio de casa apressado, tropeço no piso-sabão, quase caio em cima do meu cachorro, preciso de mais atenção. Vem correndo, vem pulando, me arrastando desde então, cobre de pelos minha roupa, lembrança de estimação.

Queria ser diferente, queria ser despertado, não pelo meu despertador, mas por um beijo roubado. Lá se vai mais um dia, chega mais uma semana, só peço que o dia seja, tão confortável quanto a cama.

Um pensamento um desejo, da cama que rima com trama, preciso de um alento, um carinho, um amor sem muito drama. Acordo e levanto, o dia vai começar, quem sabe o sol traz um beijo e o vento alguém para amar.

By Estevam Pontes

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